Fotografia Kabelo Kim Modise
Nasceu em Luanda, em 1978, repartiu a sua formação entre a licenciatura “Design - Tecnologia Cerâmica” pela ESAD-CR, e o mestrado de “Cerâmica Contemporânea na Tama Art University, Tóquio com uma bolsa do Monbukagakusho. Estudou ainda “Design de cerâmica e vidro” na University of Central England, Birmingham.
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No seu desenvolvimento artístico dedicou grande parte do processo criativo à pesquisa e compreensão das possibilidades físicas e de significação do material cerâmico.
No caminho percorrido no Japão surgiu uma nova relação com o mundo. O estudo da cerimónia do chá, intrinsecamente relacionado com a filosofia Zen e o Wabi-Sabi, abriram portas à colocação de questões relacionadas com a confrontação e aceitação da efemeridade da matéria escultórica.
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As suas instalações exploram cenários de relação conceptual e física entre o corpo humano e a escultura cerâmica. Por vezes é colocada a questão da dessacralização do objecto de arte, através da facilitação intencional do objecto escultórico. Nestas ocasiões é permitida a interacção entre a obra de arte e o público: como uma experiência individual, quando o público toca directamente na obra de arte, ou partilhada, quando as peças são tocadas por outros performers e apresentadas através da documentação em vídeo ou fotografia.
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Durante muito tempo a sua inspiração estética prendia-se a uma sensibilidade aquática já que passou grande parte da vida perto da costa ou em vários contextos insulares (Açores, Japão, Inglaterra). Recentemente, em residência artística, percorreu o Deserto da Namíbia, onde surge uma nova ramificação exploratória que conduz a sua inspiração para o vento, a aridez, e as superfícies rochosas.
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Nos seus projectos pessoais e profissionais tem vindo a explorar as áreas da escultura, da instalação e da educação pela arte.