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Em extinção

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Nos últimos anos vários estudos têm confirmado que a Terra entrou num novo período de extinção em massa. Um destes estudos, publicado na revista Science Advances,  declara que “sem sombra de dúvida se está a entrar na sexta grande extinção em massa”.

Um dos espelhos deste facto é a degradação e morte dos recifes corais por todo o mundo. Enquanto a vida se vai esgotando a cor socumbe e o recife transforma-se num soturno rendilhado branco. Estas obras refletem este melancólico fim.

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Um volume sólido que nasce da modelação fluida e espontânea da terracota. Inspirado em imagens recolhidas em mergulhos imaginários, com a superfície povoada de texturas e aglomerados de pequenos seres que lembram o ambiente marinho. A partir do momento em que são colocados olhos em alguns desses seres a escultura ganha uma espécie de consciência. Observa-nos e segue-nos com uma calma delicada, à espera de um toque/interação. 


Criadas a partir de um material estático e opaco, resultam em volumes que contrariam a natureza da escultura maciça. Convidam o observador a mover-se ao seu redor  tentando vislumbrar o interior e a topografia do espaço que as circunda. 

Os sólidos vão-se misturando com os vazios à medida que vão colapsando. Abdicam da sua robustez para permitir um vislumbre do seu interior.  Tornando o opaco translúcido.  A cor branca ligeiramente alaranjada funciona como uma advertência pacífica do nosso declínio silencioso.

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